26 março 2013

O "MACETE" DAS ESPADAS


O "MACETE" DAS ESPADAS

Bota o barro pra secar
Depois de seco, cessar
Salitre, enxofre, carvão
Pila a pólvora pilão
Mistura nela a limalha
De ferro o brilho não falha
Parafina e breu se aquecem
N'água fria endurecem
O cerol vai no barbante
O calo cala colante
Enrola bambo o bambu
Que foi cozido de cru
Batendo o barro da frente
O socador vai bem rente
E o "macete" do maluco
É tutuco-tutuco-tuco...
A pólvra é o que vem no meio
Prumode é dela o rabeio
Enraba a bicha com o barro
Pode ser grosso, bizarro
Agora vem com a broca
Folgada senão "pipoca"
Mas não pode ser grandona
Senão sai fraca, "mijona"
A medida é a certa
Nem fechada, nem aberta
Desce no furo o pavio
A pólvra tal como um fio
Agora é só picar fogo
E iniciar o jogo
Manda pra cá, camarada
Que eu amo pular espada

(26/03/2013)