08 dezembro 2013

DE "CARA" COM O "LIVRO"

Me disseram certa feita
"Facebook é uma bobagem;
Coisa de desocupado,
Lazer da vagabundagem"
Hoje ao utilizá-lo
Sigo a reconceituá-lo
E a forjá-lo em outra imagem

Esta semana merminha
Tomei um susto arretado
Dei de "cara" com o "livro"
Entupido de recado
Foi tanto carinho virtual
Etc, coisa e tal
Que eu fiquei emocionado

E é por isso que eu venho
Com já formado conceito
Através da mêrma forma
Mêrmo modo e mêrmo jeito
Com teclado e com ratinho
Retribuir tal carinho
Aos meus amigos do peito...

(17/10/2013)

22 novembro 2013

TRABALHO CO-LETIVO

Professores, não sejamos opressores Superemos as velhas formas Que no formol deformam A educação formal Não façamos das salas, celas Nem das aulas, jaulas Sigamos éticos e estéticos Lúcidos e lúdicos Críticos e criativos...

13 julho 2013

QUEM TEM BOCA VAI À / VAIA ROMA

Tem gente justificando/criticando - em um Estado laico - o gasto de 118 milhões dos cofres públicos para trazer o Papa Francisco ao Brasil na Jornada Mundial da Juventude em julho próximo.
Quem tem fé, deu! Quem não tem, se... (vire, que vai ter que dar também!) 

Outros já se sentem vingados ao saber que Luan Santana cantará para o Pontífice. Não sabendo estes, que 26 de Julho é dia de Nossa Senhora Santana - (over)tataravó do renomado cantor. Ou seja, é menos um gesto de penitência, e mais um ato de amor ao próximo (e aos distantes).

Mas se tem uma coisa perturbando o sono, é a McDonald's! E não é por dor estomacal, pois o Donald mais próximo que eu já comi, foi o pato de uma vizinha, escaldado com legumes!
O fato é que a empresa comprou da Igreja (?) a exclusividade na venda de lanches no evento.
Será que comer apenas o pão como lembrança do corpo de Cristo é coisa da ala conservadora da Igreja Católica? E agora, com toda essa "renovação carismática", estão sugerindo: "dois hamburgueres, alface, queijo, molho especial, cebola e picles, num pão com gergelim"?
Estaria a empre$a querendo lançar um novo produto? Algo do tipo: "Combo-Papa" ou "Mc-Hóstia Feliz". 


É... Como diria um Secretário de "Sucupira": "vocês vão ter que engolir!" Mas façam uma oração antes pra abençoar o alimento!

26 março 2013

O "MACETE" DAS ESPADAS


O "MACETE" DAS ESPADAS

Bota o barro pra secar
Depois de seco, cessar
Salitre, enxofre, carvão
Pila a pólvora pilão
Mistura nela a limalha
De ferro o brilho não falha
Parafina e breu se aquecem
N'água fria endurecem
O cerol vai no barbante
O calo cala colante
Enrola bambo o bambu
Que foi cozido de cru
Batendo o barro da frente
O socador vai bem rente
E o "macete" do maluco
É tutuco-tutuco-tuco...
A pólvra é o que vem no meio
Prumode é dela o rabeio
Enraba a bicha com o barro
Pode ser grosso, bizarro
Agora vem com a broca
Folgada senão "pipoca"
Mas não pode ser grandona
Senão sai fraca, "mijona"
A medida é a certa
Nem fechada, nem aberta
Desce no furo o pavio
A pólvra tal como um fio
Agora é só picar fogo
E iniciar o jogo
Manda pra cá, camarada
Que eu amo pular espada

(26/03/2013)

24 janeiro 2013

23 janeiro 2013


















Saravá, meu caro Lobo
Cê de bobo, não tem nada
Ouvi isso de um gunga
De uma machete afinada
Dos camaradas poetas
E de outras "fontes", "secretas"
Que "bebo" nas "rodas" da estrada

"Bebida" compartilhada

Venho agora agradecer
Por esta bela homenagem
Que acabas de fazer
Ao Mestre Zé de Lelinha
Grande referência minha
Na "ciência" do viver

Muito mais que a tiragem

Desta produção louvável
Seu valor de uso ou troca
Ou algo mais, calculável
É que o cordel de José
Vitório dos Reis, "diz no pé":
Samba é inesgotável...

MESTRE FALCÃO

Abre tuas asas e voa
Não há salto que seja mortal para ti
Abre o teu bico e canta
Pois tal qual berimbau sempre é bom te ouvir
Abre tuas garras, agarra
Teu coração sabe bem definir qual a presa
Abre teus olhos e vê
Que na roda da vida o teu jogo é beleza

(13/03/2004)



22 janeiro 2013


A chuva me veio "cheia de chiada"
Pensando que pudesse me deixar preso em casa
Papeei com um sapo, escapei com um pulo
E voei a comer água com as formigas de asa

03 janeiro 2013

VALHA MEU SALVADOR

Atrás do trio elétrico
Vai até quem já morreu
Pois dentro ou fora da corda
Na folia momesca
Só quem não pipoca
É “entidade” carnavalesca

Cordeirinho quer mamar

Mas é fato concreto
Em bloco não dá teta
Só broca, porreta
Pois a vaca profana
Do Estado é bacana
Só pra quem tem a grana preta

A praça era do povo

Agora é do camarote
O céu era do condor
A hora é do holofote
Eu aposto, poeta (ela atesta)
Nessa mesa de jogo
Só quem ganha é quem banca a festa

O povo quer brincar

Pela orla a rolar
Campo Grande, Avenida
Pular pelo Pelô
Mas se tem alegria na carne
Navalha também vale
Carna’valha meu Salvador
Se tem alegria na carne
Navalha também vale
Carna’valha meu Salvador