24 março 2006

SIMBOLISMO ROMÂNTICO

Por Deus, em mais ninguém vi repetida;
A perfeição em ti contida.
Chego a pensar em algo onírico,
impossível, místico.

De teus olhos, lume imponderável.
Que deslizas sobre um corpo angelical.
Numa auréola imortal de formosuras,
contemplando matiz etereal.

No dardejar dos teus cândidos lábios,
cotidi/Ana beleza se deixa ficar.
Minh'alma voltada para este amor divino,
quebra e rompe todo frouxo pensar.

Aos ombros, rutilosos fios se deixam cair.
De luz ampla e sublime que ao claustro perfura.
Bem vê e bem entende quem te exalta.
Tornando-a um marco da Deusa Natura.

De na vida gozar dos teus amores.
Partirei desta sem qualquer rancor.
Se vivi foi por ti, por estas flores.
Que em lis de ternura lhe banhou.

Não derrames por mim nenhuma lágrima,
que em pálpebra ebúrnea venha surgir.
Só te peço porém, que guarde em lembrança:
A fidelidade e o amor que dediquei a ti.

(08/10/94)

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