Como pisaram na bola
E quem não faz, toma!
Após algum tempo jogando sozinhos,
Vestimos a camisa,
Trocamos algumas tabelas
E conquistamos a posição.
Entramos em campo,
Não para cumprirmos tabela.
Mas para virarmos o jogo
E conquistarmos o título
Vitória a vitória.
A insegurança das primeiras rodadas,
Jogamos para escanteio.
E nessa altura do campeonato,
Já estamos tirando de letra.
Às vezes, os times (adversários),
Tentam, partem para o ataque.
Mas a nossa defesa está bem postada.
E estes, por não saberem perder,
Tentam embolar o meio-de-campo
Com uma marcação cerrada
E jogadas desleais.
Não faltam faltas graves!
E amarelados, levam vermelho.
Pois em time que está ganhando não se mexe!
E assim, craques que já estamos,
Vamos driblando as adversidades,
Brincando nas onze
E dando um show de bola...
08 junho 2006
29 maio 2006
A PENA DO PINTO
Só sei que a calça,
com defeito,
expôs o pinto
em praça púbica.
E a lei, por causa
e efeito,
impôs a pena
por ordem pública.
com defeito,
expôs o pinto
em praça púbica.
E a lei, por causa
e efeito,
impôs a pena
por ordem pública.
23 maio 2006
CARNE SECA II
Carne:
O corpo. A matéria.
Parte comestível de animais,
frutos e vegetais.
Fonte de prazer...
Seca:
O estio. A aridez.
Parte áspera de animais,
frutos e vegetais.
Fonte sem chover...
Carne Seca:
O alimento. A resistência.
O sol. O sal.
O tempêro. A influência.
O sertão, etc. e town.
23/05/06 - três anos da Banda Carne Seca.
O corpo. A matéria.
Parte comestível de animais,
frutos e vegetais.
Fonte de prazer...
Seca:
O estio. A aridez.
Parte áspera de animais,
frutos e vegetais.
Fonte sem chover...
Carne Seca:
O alimento. A resistência.
O sol. O sal.
O tempêro. A influência.
O sertão, etc. e town.
23/05/06 - três anos da Banda Carne Seca.
MÉTRICA E RIMA NO CORDEL (acróstico)
Minha nossa quanta gente
É rima pra todo lado
Tem porém as mãos certeiras
Respeitando o legado
Isso não é vaidade
Chamo por fidelidade
Ao que já foi estudado
E assim sei que não ficam
Revirando no caixão
Inácio da Catingueira
Meu Catulo da Paixão
A ave do Assaré
Nem a Luz do grande Zé
O das Queimadas Fabião
Cego Aderaldo e Galeno
O véi Pinto do Monteiro
Repentistas e poetas
Do nordeste brasileiro
Entre tantos outros que
Lançaram o verso primeiro
É rima pra todo lado
Tem porém as mãos certeiras
Respeitando o legado
Isso não é vaidade
Chamo por fidelidade
Ao que já foi estudado
E assim sei que não ficam
Revirando no caixão
Inácio da Catingueira
Meu Catulo da Paixão
A ave do Assaré
Nem a Luz do grande Zé
O das Queimadas Fabião
Cego Aderaldo e Galeno
O véi Pinto do Monteiro
Repentistas e poetas
Do nordeste brasileiro
Entre tantos outros que
Lançaram o verso primeiro
11 abril 2006
ADAMASTOR DAGOBERTO
Um homem-bomba brinca
com o botão de seu brinquedo
no balcão de um bar em Babilônia.
Embebido na baba de Bulbo Sansa,
ele berra, bruscamente, sem blá-blá-blá:
BUM!
Entre o pó e cia,
uma palavra se espedaça
em concreta poesia:
AMORTECEDOR
AMOR_______
_____TECE___
A________DOR
_MORTE_____
_______CEDO_
___________R
A________D__
(10/04/06)
com o botão de seu brinquedo
no balcão de um bar em Babilônia.
Embebido na baba de Bulbo Sansa,
ele berra, bruscamente, sem blá-blá-blá:
BUM!
Entre o pó e cia,
uma palavra se espedaça
em concreta poesia:
AMORTECEDOR
AMOR_______
_____TECE___
A________DOR
_MORTE_____
_______CEDO_
___________R
A________D__
(10/04/06)
03 abril 2006
UM MODELITO QUALQUER
CANTIGA APOSTROFÉICA*
Imbora mêi atrasado
Venho agora agradecê
A todos que no Caíme
Fôro nos uví e vê
Foi tamanha drenalina
Que parei na Palestina
Correno num sei do quê
No derradêro percurso
Eu vi Mosca e Carcará
Disputano maratona
Cum bando de sabiá
Vi Chaparral e Teiú
No centro de Liverpu
Sambano cum Ringo Istá
O índio de Pituáçu
Nadou inté Portugal
Prumode trazê de lá
O couro de “sêo” Cabral
Pra fazê um tamborim
Pra Meri, o índiozim
Sentá-lhe cum força o pau
Só desadrenalizei
Dos efeitos da viage
Uns poucos minutos antes
De iscrevê esta mensage
Eu que já exprimentei
Tanta cousa cronta lei
Nunca vi dessa tirage
E aqui eu me dispeço
Na filanlumicidade
Dos amigo e das amiga
Que além da comunidade
Tanto em parte ou purintêro
Vão forjano o tempêro
Da carnisecalidade
*(04/11/05, três dias após a histórica apresentação da Banda Carne Seca no Troféu Caymmi)
Venho agora agradecê
A todos que no Caíme
Fôro nos uví e vê
Foi tamanha drenalina
Que parei na Palestina
Correno num sei do quê
No derradêro percurso
Eu vi Mosca e Carcará
Disputano maratona
Cum bando de sabiá
Vi Chaparral e Teiú
No centro de Liverpu
Sambano cum Ringo Istá
O índio de Pituáçu
Nadou inté Portugal
Prumode trazê de lá
O couro de “sêo” Cabral
Pra fazê um tamborim
Pra Meri, o índiozim
Sentá-lhe cum força o pau
Só desadrenalizei
Dos efeitos da viage
Uns poucos minutos antes
De iscrevê esta mensage
Eu que já exprimentei
Tanta cousa cronta lei
Nunca vi dessa tirage
E aqui eu me dispeço
Na filanlumicidade
Dos amigo e das amiga
Que além da comunidade
Tanto em parte ou purintêro
Vão forjano o tempêro
Da carnisecalidade
*(04/11/05, três dias após a histórica apresentação da Banda Carne Seca no Troféu Caymmi)
UMA CANTIGA CONTIGO
MI, não sei SI notas
meus acordes FÁ-tuos.
Mas estes seguem, sem DÓ,
SI afinando em melodia,
sob a clave de teu SOL.
E LÁ SI vai, nesse ritmo,
escalando tua harmonia,
minha RÉ-composição
na pauta de cada dia.
meus acordes FÁ-tuos.
Mas estes seguem, sem DÓ,
SI afinando em melodia,
sob a clave de teu SOL.
E LÁ SI vai, nesse ritmo,
escalando tua harmonia,
minha RÉ-composição
na pauta de cada dia.
À MUSA
Oh, Musa paradisíaca de ouro e prata
É intenso o brilho que em ti encerra
As pencas, artérias de teu coração
Emanam energia, d'água à terra
Tuas folhas me embalam, fornecem guarida
Contigo ao meu lado, o humor se expande
Tu és vitamina que nutre o meu ser
Anã ou nanica, pra mim tu és grande
A ti eu me rendo em fiel homenagem
Se me julgam um "banana", não me desespero
Confesso sentir-me até lisonjeado
Por ser comparado ao que amo e venero
(Petry Lordelo - 22/09/2005 - Dia da Banana)
É intenso o brilho que em ti encerra
As pencas, artérias de teu coração
Emanam energia, d'água à terra
Tuas folhas me embalam, fornecem guarida
Contigo ao meu lado, o humor se expande
Tu és vitamina que nutre o meu ser
Anã ou nanica, pra mim tu és grande
A ti eu me rendo em fiel homenagem
Se me julgam um "banana", não me desespero
Confesso sentir-me até lisonjeado
Por ser comparado ao que amo e venero
(Petry Lordelo - 22/09/2005 - Dia da Banana)
O DESEJO EM-ANA
Ser o barro em teus líquidos
Da tua fôrma tomar forma
E no fogo do teu forno
Ser uma arte da tua mão
Ser pandeiro a ter os toques
Do teu corpo em meu couro
E na pauta dos teus lábios
Ser uma nota da canção
(30/08/2005, à Ana Milena)
Da tua fôrma tomar forma
E no fogo do teu forno
Ser uma arte da tua mão
Ser pandeiro a ter os toques
Do teu corpo em meu couro
E na pauta dos teus lábios
Ser uma nota da canção
(30/08/2005, à Ana Milena)
FLOR DE DEZEMBRO
Mais um ano passará
E de ti ninguém se esquece
Mais um dia passarinho
Prolifera a sua espécie
Dezembro te desembrulha
Beija-flor da existência
Primavera verá verão
O presente, tua presença
Tua pele, pétalas brancas
Teus pêlos, pólens, botões
Bem-te-vi em sua essência
Amar-elos corações
Quero-quero tuas raízes
A nutrir do puro amor
Pra que mais garrida cresça
Bem-me-quer a sua flor
(21/12/04)
E de ti ninguém se esquece
Mais um dia passarinho
Prolifera a sua espécie
Dezembro te desembrulha
Beija-flor da existência
Primavera verá verão
O presente, tua presença
Tua pele, pétalas brancas
Teus pêlos, pólens, botões
Bem-te-vi em sua essência
Amar-elos corações
Quero-quero tuas raízes
A nutrir do puro amor
Pra que mais garrida cresça
Bem-me-quer a sua flor
(21/12/04)
ESTÁGIO DE ENUNCIAÇÃO* (acróstico)
Sentir, perceber, analisar, decidir...
Sentir que se não fossemos
Encorajados a estarmos cotidianamente
Nos confrontando com a precariedade percebida,
Toda a nossa ação e prática,
Iria, cada vez mais, ser um agente
Reforçador do histórico paradigma de que somos seres exclusivamente “transpirantes”.
Perceber que podemos estar
Em constantes
Rupturas.
Criando possibilidades e
Enunciados que façam do jogar
Brincar, uma coisa séria
E pedagogicamente
Revolucionária.
Analisar que a história
Nos oferece dados concretos para
Avaliarmos que sem uma
Leitura da realidade, uma
Interpretação de classe e uma perspectiva teleológica
Seria impossível dar às nossas aulas e
Aos nossos educandos, o respeito e a
Responsabilidade de se afirmarem enquanto agentes históricos de transformação social.
Decidir que devemos amar o que fazemos
E construir coletivamente, de forma crítica e
Criativa, oportunidades e ações que venham
Incentivar e garantir (pública e gratuitamente) o acesso
De todos à Educação e à Educação Física (Cultura Corporal)
Isso é e sempre será a base de nossas
Reivindicações.
*Uma homenagem ao Mestre Antonio Luiz Bahia, Estágio Supervisionado III, FACED/UFBA.
(14/10/03)
Sentir que se não fossemos
Encorajados a estarmos cotidianamente
Nos confrontando com a precariedade percebida,
Toda a nossa ação e prática,
Iria, cada vez mais, ser um agente
Reforçador do histórico paradigma de que somos seres exclusivamente “transpirantes”.
Perceber que podemos estar
Em constantes
Rupturas.
Criando possibilidades e
Enunciados que façam do jogar
Brincar, uma coisa séria
E pedagogicamente
Revolucionária.
Analisar que a história
Nos oferece dados concretos para
Avaliarmos que sem uma
Leitura da realidade, uma
Interpretação de classe e uma perspectiva teleológica
Seria impossível dar às nossas aulas e
Aos nossos educandos, o respeito e a
Responsabilidade de se afirmarem enquanto agentes históricos de transformação social.
Decidir que devemos amar o que fazemos
E construir coletivamente, de forma crítica e
Criativa, oportunidades e ações que venham
Incentivar e garantir (pública e gratuitamente) o acesso
De todos à Educação e à Educação Física (Cultura Corporal)
Isso é e sempre será a base de nossas
Reivindicações.
*Uma homenagem ao Mestre Antonio Luiz Bahia, Estágio Supervisionado III, FACED/UFBA.
(14/10/03)
AMARGOS SENTIDOS
Dá gosto ver
Crianças na rua
Escola da vida
Infância de bala
Perdida?
Dá gosto tocar
Mulheres na esquina
Ganhando libertas
O pão entre as pernas
Abertas?
Dá gosto cheirar
Homens que recolhem
Comida nos lixos
Brigando entre outros
Bichos?
Dá gosto ouvir
Idosos no abrigo
Sem leite, sem leito
Velhice que chora
No peito?
Dá gosto sentir
No amargo da vida
Sabor de esperança
Suprindo esta fome
Mudança!
(13/08/03)
Crianças na rua
Escola da vida
Infância de bala
Perdida?
Dá gosto tocar
Mulheres na esquina
Ganhando libertas
O pão entre as pernas
Abertas?
Dá gosto cheirar
Homens que recolhem
Comida nos lixos
Brigando entre outros
Bichos?
Dá gosto ouvir
Idosos no abrigo
Sem leite, sem leito
Velhice que chora
No peito?
Dá gosto sentir
No amargo da vida
Sabor de esperança
Suprindo esta fome
Mudança!
(13/08/03)
VIVERDEAR-TE
A ARTE é para ser viVIDA
E não VendIDA por qualquer vintém
P’ARTE de mim nunca vai ser VendIDA
Nem comprarei a VIDA de alguém
ARTE é mulher quando se engraVIDA
É peito aberto em boca de neném
É fina flor que abre atreVIDA
Quando percebe que o inseto vem
Entrar na roda quando me conVIDAs
Para aprender como saber cair
É dAR-TE um beijo, limpAR-TE as feridas
CurAR-TE os males, te fazer sorrir
É emprestAR-TE quando te endiVIDAs
Um ombro amigo para tu dormir
AmAR-TE mesmo quando tu duVIDAs
Sem obrigAR-TE a retribuir
E não VendIDA por qualquer vintém
P’ARTE de mim nunca vai ser VendIDA
Nem comprarei a VIDA de alguém
ARTE é mulher quando se engraVIDA
É peito aberto em boca de neném
É fina flor que abre atreVIDA
Quando percebe que o inseto vem
Entrar na roda quando me conVIDAs
Para aprender como saber cair
É dAR-TE um beijo, limpAR-TE as feridas
CurAR-TE os males, te fazer sorrir
É emprestAR-TE quando te endiVIDAs
Um ombro amigo para tu dormir
AmAR-TE mesmo quando tu duVIDAs
Sem obrigAR-TE a retribuir
O DOM DE VOAR (ou KAMIKAZE)
Por que os pássaros se chocam contra as paredes?
Pelas grades e gaiolas/ Pela Coca e pela Cola
Pelo milho transgênico/ Pelo Big Mac/
Pela aculturação/ Por toda corrupção
Pelo neoliberalismo/ Por todo imperialismo/
Pelo pobre e pela esmola/ Pela globalização/
Pelos vietnamitas mortos/ Pelo povo da Guatemala/
Pelo Plano Colômbia/ Pelo embargo à Cuba/
Pelos índios massacrados/ Pelos negros humilhados/
Pelo Capitalismo/ Pela ALCA/Pelos gases poluentes/
Por Kyoto, Hiroshyma e Nagasaky/
Pelos filmes enlatados/ Pelo G-8/ Pelo estudante morto/
Pela doença/ Pela crença/
Por policiais despreparados/ Pela tortura/
Pelas falhas na Justiça/Pela ganância/ pela imponência
Pelo autoritarismo/ Pelo FMI/
Pela morte de Allende, Che, Zapata e Zumbi
Enfim, eles chocam porque se chocam!
(11 de setembro de 2001)
Pelas grades e gaiolas/ Pela Coca e pela Cola
Pelo milho transgênico/ Pelo Big Mac/
Pela aculturação/ Por toda corrupção
Pelo neoliberalismo/ Por todo imperialismo/
Pelo pobre e pela esmola/ Pela globalização/
Pelos vietnamitas mortos/ Pelo povo da Guatemala/
Pelo Plano Colômbia/ Pelo embargo à Cuba/
Pelos índios massacrados/ Pelos negros humilhados/
Pelo Capitalismo/ Pela ALCA/Pelos gases poluentes/
Por Kyoto, Hiroshyma e Nagasaky/
Pelos filmes enlatados/ Pelo G-8/ Pelo estudante morto/
Pela doença/ Pela crença/
Por policiais despreparados/ Pela tortura/
Pelas falhas na Justiça/Pela ganância/ pela imponência
Pelo autoritarismo/ Pelo FMI/
Pela morte de Allende, Che, Zapata e Zumbi
Enfim, eles chocam porque se chocam!
(11 de setembro de 2001)
24 março 2006
EVACUANDO
O lugar é escuro, tranqüilo
Entro sem fazer barulho
As luzes são acesas
...abaixo e sento
A cadeira é estranha, fria
Há uma caverna, um córrego, corre
uma sensação de dor, arrepio
...a porta foi aberta
De súbito, tudo se gaseifica
Há odor!
Corpos estranhos, decúbito,
Navegam
Começa a chover
Quebra o silêncio
A chuva ácida destrói os corpos
Afundam
Tento me limpar
Foi um crime
Sou um suspeito
...levanto assustado
Tão sublime
Tudo está feito
(Outubro/1995)
Entro sem fazer barulho
As luzes são acesas
...abaixo e sento
A cadeira é estranha, fria
Há uma caverna, um córrego, corre
uma sensação de dor, arrepio
...a porta foi aberta
De súbito, tudo se gaseifica
Há odor!
Corpos estranhos, decúbito,
Navegam
Começa a chover
Quebra o silêncio
A chuva ácida destrói os corpos
Afundam
Tento me limpar
Foi um crime
Sou um suspeito
...levanto assustado
Tão sublime
Tudo está feito
(Outubro/1995)
ROTINA
Acordado, tudo começa...
Desgosto, tristeza,
Tédio, rancor,
Lágrimas, dor,
Gritos, fraqueza.
A manhã se passou!
Insônia, solidão,
Desprezo, apatia,
Vazio, nostalgia,
Desespero, agressão.
Assim a tarde se vai!
Depressiva/mente, a noite é bem vinda.
Um “branco” total, “Maria na rua”,
A minha “heroína” na parede nua.
E eu acordado, sem sono ainda.
(14/03/1995)
Desgosto, tristeza,
Tédio, rancor,
Lágrimas, dor,
Gritos, fraqueza.
A manhã se passou!
Insônia, solidão,
Desprezo, apatia,
Vazio, nostalgia,
Desespero, agressão.
Assim a tarde se vai!
Depressiva/mente, a noite é bem vinda.
Um “branco” total, “Maria na rua”,
A minha “heroína” na parede nua.
E eu acordado, sem sono ainda.
(14/03/1995)
CANSADO
Não
terás da flor o perfume, beleza.
Nem
da noite o sereno, estrelas, luar.
O
crepúsculo cairá em sono profundo.
Quando
velho velâmen da face tirar.
Não
verás o romântico, o sóbrio, o homem.
Que
sorrisos forjava para te enaltecer.
Na
verdade sou louco, sou lobo, sou lixo.
Cujo
amor e alegria vieste esquecer.
Terrível
é o cálice que meus braços sangra.
Manchando
de sangue o leito, o muro.
E eu
ébrio encostado na cruz que carrego,
derramo-me
em lágrimas, vermelho-escuro.
O
vinho na garrafa parece dançar,
ao
som violento do meu coração.
Sinuoso
é o dedo que nas cordas toca,
a
última nota de uma canção.
Gostaria
de rever as flores que um dia,
brincavam
comigo, riscado o papel.
Ver o
giras/Sol e o lírio da Lua,
que
em comunhão, rutilam o céu.
Oh!Deus,
por que não me dá o descanso?
Mandai
de uma vez os teus Servos Azuis.
Leva
minh'alma à alegria divina,
e doa
o meu corpo aos urubus.
(25/11/1994)
SIMBOLISMO ROMÂNTICO
Por Deus, em mais ninguém vi repetida;
A perfeição em ti contida.
Chego a pensar em algo onírico,
impossível, místico.
De teus olhos, lume imponderável.
Que deslizas sobre um corpo angelical.
Numa auréola imortal de formosuras,
contemplando matiz etereal.
No dardejar dos teus cândidos lábios,
cotidi/Ana beleza se deixa ficar.
Minh'alma voltada para este amor divino,
quebra e rompe todo frouxo pensar.
Aos ombros, rutilosos fios se deixam cair.
De luz ampla e sublime que ao claustro perfura.
Bem vê e bem entende quem te exalta.
Tornando-a um marco da Deusa Natura.
De na vida gozar dos teus amores.
Partirei desta sem qualquer rancor.
Se vivi foi por ti, por estas flores.
Que em lis de ternura lhe banhou.
Não derrames por mim nenhuma lágrima,
que em pálpebra ebúrnea venha surgir.
Só te peço porém, que guarde em lembrança:
A fidelidade e o amor que dediquei a ti.
(08/10/94)
A perfeição em ti contida.
Chego a pensar em algo onírico,
impossível, místico.
De teus olhos, lume imponderável.
Que deslizas sobre um corpo angelical.
Numa auréola imortal de formosuras,
contemplando matiz etereal.
No dardejar dos teus cândidos lábios,
cotidi/Ana beleza se deixa ficar.
Minh'alma voltada para este amor divino,
quebra e rompe todo frouxo pensar.
Aos ombros, rutilosos fios se deixam cair.
De luz ampla e sublime que ao claustro perfura.
Bem vê e bem entende quem te exalta.
Tornando-a um marco da Deusa Natura.
De na vida gozar dos teus amores.
Partirei desta sem qualquer rancor.
Se vivi foi por ti, por estas flores.
Que em lis de ternura lhe banhou.
Não derrames por mim nenhuma lágrima,
que em pálpebra ebúrnea venha surgir.
Só te peço porém, que guarde em lembrança:
A fidelidade e o amor que dediquei a ti.
(08/10/94)
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